domingo, 1 de dezembro de 2013

Reparando os trilhos da infância

Em meio a atmosfera essencialmente capitalista que vivemos, cada vez mais a postura individualista do homem catalisa as patologias sociais.Desde os tempos ditatoriais, a presença do trabalho infantil evidencia a negligência do direito a infância, por parte de instituições e empresas ávidas por lucro.
Levando em conta a teoria existencial e determinista de Rosseau, que afirma que o homem é fruto do meio em que vive, uma criança privada de "ser criança" tem grande chances de se tornar um adulto sentimentalmente frio e com pouco senso de humanidade.Haja vista que o adulto de hoje é o produto das experiencias e valores adquiridos quando criança, o trabalho infantil dessacraliza a essência do universo lúdico do qual toda criança deveria estar inserida. 
Uma vez que o terreno da infância é forçosamente submetido ao amadurecimento precoce, através do trabalho explorador e fora de hora, inverte-se a ordem natural do desenvolvimento da criança, comprometendo assim o processo de edificação de um individuo adulto íntegro.Brincar,correr,cair, fantasiar.Toda criança tem o direito de conjugar intensamente esses verbos.É constitucional e necessariamente aplicável.
É de extrema importância, por fim, que órgãos legislativos de defesa a criança solidifiquem a fiscalização do trabalho infantil,lamentável realidade do teatro social, efetivando o que rege no Estatuto da Criança, que garante o direito à uma infância digna, feliz e fiel a sua verdadeira essência.
Lugar de criança não é na rua nem por trás de trabalhos braçais.
Permitir e assegurar que todas as fases da vida sejam vividas integralmente, sobretudo a infância, é um passo substancial para a construção de uma sociedade mais coerente e humana.



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