segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Nuances do tempo

Em toda a trajetória do homem, o tempo sempre foi um instrumento transformador, capaz de edificar e restabelecer valores conforme ele passa. Seja em períodos de intempéries ou em eras de glórias, é a oscilação da vida e do tempo que permite ao homem tomar para si a capacidade de superação e a maturidade para saber sair da ‘zona de conforto’ quando é preciso. É certo que somos reflexos das nossas experiências.A grande diferença entre um sábio e um ignorante está justamente na habilidade de lidar com os imprevistos e a aptidão de ser resiliente diante das transformações ‘obrigatórias’ exigidas pela vida.
Na linha do tempo, as experiências do passado e presente nos servem de referenciais para projetarmos o futuro, é através delas que nos tornamos mais flexíveis e tolerantes com situações que as vezes tentam nos cortar caminho e destruir o que há de mais precioso em nós: a esperança. Esperança de alcançar nossos sonhos, nossas metas e prioridades. A vida nos ensina todos os dias um pouco do que realmente tem valor, lapidando nosso senso moral a cada decepção e a cada perda. No manual da vida não há receita pronta, mas os ingredientes os quais usamos para viver são fundamentais para determinar o resultado final. A velha máxima que diz que "é vivendo que se aprende" é uma paráfrase de tudo aquilo que discorre aos nossos olhos sempre que levamos uma rasteira da vida. E via de regra sempre levantamos mais fortes e maduros, abertos a mudanças, as quais são tão necessárias para construirmos nosso verdadeiro eu.
O tempo para muitos é remédio, é conforto, é ansiedade, ou mesmo vontade de ter de volta todos àqueles bons momentos vividos e os ruins para sempre esquecidos. A verdade é que o poder de transformação que adquirimos durante os anos de vivência são resultado do bom e do ruim, do triste e do alegre, das vitórias e derrotas, enfim, do conjunto de contradições as quais a vida nos submete. “O tempo é rei, a vida uma lição”. Na escola da vida, só se aprende vivendo.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

O caminho encantado do aprender

É bem comum no imaginário do homem ocidental, acreditar que o cérebro é um órgão imutável, e que os neurônios ao longo do tempo tendem a diminuir consideravelmente, em quantidade e eficiência; e por isso, frases como "já estou velho pra isso" ou "é tarde pra aprender aquilo" são frequentemente escutadas quando é proposto algo novo para um adulto. De fato, sabemos que  quando crianças, sobretudo entre o período de 2 a 7 anos, temos uma incrível capacidade de captar novas informações do meio externo e efetivar novos comportamentos. No entanto, não podemos esquecer que nosso cérebro é um órgão plástico, vivo e pode transformar as suas próprias estruturas e funções, mesmo em idades avançadas. Graças a neuroplasticidade - capacidade do cérebro de agir e reagir à medida que experimentamos uma mudança em nosso ambiente ou desenvolvemos uma habilidade - podemos afirmar que aprender é um verbo para todos, a qualquer momento e em todas as idades! Desfrutar do momento presente e procurar extrair lições, desenvolver habilidades, corrigir posturas e arriscar um novo hábito são coisas que fazem da vida mais plena e cheia de significados. Quando nos permitimos experimentar alguma situação nova, seja aprender a tocar um novo instrumento, se inserir em um novo esporte, ler livros de um gênero que não costuma ler, ou mesmo dormir de um lado diferente da cama, criamos novas conexões neurais, exploramos nosso potencial desconhecido, e isso é fantástico! Desse modo, nossas perspectivas também mudam, nossa bagagem de informações e filtros que enxergamos o mundo se modificam, reeditando nossa subjetividade. O aprendizado é um processo transformador, capaz de expandir fronteiras, construir ideais, e nos conduzir a horizontes inexplorados! Viver e aprender! :)